quinta-feira, dezembro 30, 2010

Sobreiro - Árvore Nacional de Portugal


Já está criado o blogue de apoio à proposta de classificar o sobreiro como Árvore Nacional de Portugal. Passem por lá a manifestar o vosso apoio.

domingo, dezembro 05, 2010

O que valem os nossos técnicos camarários



Este excerto, sobre o qual não estou autorizado a dar mais detalhes, mostra bem a pequenez da mentalidade de muitos técnicos camarários. Sem mais comentários.

sábado, dezembro 04, 2010

A última oportunidade



A última oportunidade para garantir que a Estradas de Portugal apenas intervirá sobre as árvores em que tal seja estritamente necessário. Sessão pública de esclarecimento: Junta de Freguesia de Colares, dia 6 de Dezembro, pelas 18 horas.

É a primeira vez, tanto quanto sei, que a Estradas de Portugal se presta a uma sessão de esclarecimento sobre a manutenção de árvores sob sua alçada. Seria muito mau, para situações futuras, que a sociedade civil não respondesse com uma presença forte e interventiva.



sábado, novembro 06, 2010

A nossa árvore: o Sobreiro



As asso­ci­a­ções Tran­su­mân­cia e Natu­reza e Árvo­res de Por­tu­gal pre­ten­dem, com o pre­sente comu­ni­cado, lan­çar um movi­mento que visa desen­ca­dear o pro­cesso de atri­bui­ção ao sobreiro do esta­tuto sim­bó­lico de Árvore Naci­o­nal de Portugal.

Para fun­da­men­tar esta pre­ten­são, encontram-se, entre outros, os seguin­tes motivos:

- Por ser uma espé­cie com ampla dis­tri­bui­ção no ter­ri­tó­rio naci­o­nal con­ti­nen­tal, pre­sente desde o Minho ao Algarve, em dife­ren­tes ecos­sis­te­mas natu­rais. O sobreiro ocupa em Por­tu­gal perto de 737 000 hec­ta­res (dados do Inven­tá­rio Flo­res­tal Naci­o­nal de 2006, não incluindo alguns povo­a­men­tos jovens), o que cor­res­ponde a cerca de 32% da área que a espé­cie ocupa no Medi­ter­râ­neo ocidental.

- Pela enorme bio­di­ver­si­dade asso­ci­ada aos habi­tats domi­na­dos pelo sobreiro, incluindo espé­cies em sério risco de extin­ção e com ele­vado esta­tuto de con­ser­va­ção, con­si­de­ra­das pri­o­ri­tá­rias a nível naci­o­nal e internacional.

- Pelo facto dos mon­ta­dos serem um exce­lente exem­plo, de como um sis­tema agro-silvo-pastoril tra­di­ci­o­nal pode ser sus­ten­tá­vel, pre­ser­vando os solos e, desse modo, con­tri­buindo para evi­tar a deser­ti­fi­ca­ção e con­se­quente despovoamento/desordenamento do território.

- Pela cres­cente rele­vân­cia que os bos­ques de sobreiro e os mon­ta­dos, incluindo a bio­di­ver­si­dade asso­ci­ada, estão a con­quis­tar junto de novos sec­to­res, como o sec­tor do turismo, traduzindo-se numa mais-valia para as popu­la­ções locais e para a eco­no­mia naci­o­nal. Sublinhe-se que, na actu­a­li­dade, exis­tem enti­da­des liga­das a este sec­tor de acti­vi­dade, que pre­ten­dem can­di­da­tar o mon­tado a Patri­mó­nio da Huma­ni­dade, com base no reco­nhe­ci­mento de que se trata de um ecos­sis­tema único no mundo.

- Pela sua impor­tân­cia eco­nó­mica e social, resul­tante do facto de Por­tu­gal pro­du­zir cerca de 200 000 tone­la­das de cor­tiça por ano (mais de 50 % do total mun­dial), sendo este sec­tor o único onde o nosso país pos­sui uma posi­ção de lide­rança a nível inter­na­ci­o­nal, desde a matéria-prima até à comer­ci­a­li­za­ção, pas­sando pela trans­for­ma­ção. A perda desta lide­rança repre­sen­ta­ria um des­ca­la­bro eco­nó­mico, social e ambi­en­tal sem para­lelo para o nosso país.

As duas asso­ci­a­ções que subs­cre­vem este docu­mento tudo farão para que, futu­ra­mente, se pos­sam jun­tar a este movi­mento, diver­sas ins­ti­tui­ções naci­o­nais e todos os cida­dãos a título indi­vi­dual que assim o dese­jem, incluindo todos os que, directa ou indi­rec­ta­mente, estão rela­ci­o­na­dos com a cul­tura do sobreiro e com os pro­du­tos e ser­vi­ços que depen­dem desta espé­cie e das for­ma­ções vege­tais que domina, com espe­cial des­ta­que para a indús­tria corticeira.

Esta­mos cien­tes que, ape­sar da vigên­cia do Decreto-Lei n.º 169/2001, há ainda um longo cami­nho a tri­lhar, junto das diver­sas ins­tân­cias da soci­e­dade, para se con­se­guir uma sen­si­bi­li­za­ção que con­duza a uma efec­tiva pre­ser­va­ção desta espé­cie e dos valo­res bio­ló­gi­cos, pai­sa­gís­ti­cos, eco­nó­mi­cos e cul­tu­rais asso­ci­a­dos à mesma.

A clas­si­fi­ca­ção do sobreiro como Árvore Naci­o­nal de Por­tu­gal, pode­ria, em adi­ção ao sim­bo­lismo do acto, aju­dar a tor­nar mais visí­veis os gra­ves pro­ble­mas asso­ci­a­dos, no pre­sente, à cul­tura e pre­ser­va­ção desta espé­cie, con­tri­buindo, desta forma, para aumen­tar a pres­são no sen­tido de se alcan­ça­rem as solu­ções neces­sá­rias para os mesmos.

Algo­dres, 30 de Outu­bro de 2010

Asso­ci­a­ção Tran­su­mân­cia e Natu­reza
Asso­ci­a­ção Árvo­res de Portugal


sexta-feira, outubro 22, 2010

Amigos do Teixo reúnem-se na Serra da Estrela


Realiza-se, na Serra da Estrela, nos próximos dias 5, 6 e 7 de Novembro, a Assembleia Anual da Asociación de Amigos del Tejo y Tejedas.

Mais informações: http://amigosdeltejo.org/
Inscrições: amigosdeltejo(at)gmail.com

sexta-feira, outubro 15, 2010

Uma boa ideia



Passar um fim-de-semana prolongado com árvores:

- No Sábado, dia 30 de Outubro, na Faia Brava, numa iniciativa da Árvores de Portugal e da Associação Transumância e Natureza.

- E, no Domingo e na Segunda-feira, dias 31 de Outubro e 1 de Novembro, respectivamente, aproveitarem a proximidade geográfica para se deslocarem aos Montes Hermínios e ajudarem os Amigos da Serra da Estrela a reflorestar a mais alta das serras do continente português.



segunda-feira, outubro 04, 2010

Estão convidados...



É já no próximo Sábado, dia 30 de Outubro, que se realiza a actividade Árvo­res e Eco­lo­gia Flo­res­tal da Reserva da Faia Brava (folheto PDF), uma organização conjunta da Árvores de Portugal e da Associação Transumância e Natureza.

Mais informações no blogue da Árvores de Portugal.




domingo, setembro 19, 2010

quarta-feira, setembro 15, 2010

Metro Mondego quera abater 35 plátanos na Lousã

Imagem do jornal "Trevim"

Do leitor Carlos Sêco, da Lousã, recebi uma denúncia relativa à intenção da empresa Metro Mondego, de abater 35 plátanos. A última palavra é da Câmara Municipal da Lousã (CML), mas a mesma, a julgar pelo teor da notícia saída num jornal local, parece ter aceitado, sem mais pedidos de esclarecimentos à empresa em causa, a alegação de que o abate é inevitável.

Se assim é, ou seja, se é efectivamente inevitável, teria a CML que, no mínimo, solicitar à Metro Mondego que fizesse prova do que afirma, nomeadamente através da publicitação de estudos devidamente fundamentados, do ponto de vista técnico, que descartassem qualquer hipótese de salvar ás árvores.

Por outro lado, resta ainda a questão, na eventualidade do abate avançar, de saber que medidas compensatórias exigiu a CML à Metro Mondego. Ou será que não exigiu nenhuma?



Segue o extracto da notícia enviado pelo citado leitor:

"“Sem alternativa”. Foi esta a explicação dada pelo executivo lousanense na reunião de Câmara, realizada no dia 6, para autorizar o abate de 35 plátanos na rua António José de Almeida. Uma medida que manteve o tom de unanimidade em toda a sessão pública de setembro

A autarquia foi informada pela Metro Mondego da necessidade de abate dos plátanos entre a estação da Lousã e a futura estação do Casal do Espírito Santo, no âmbito da execução da obra para implementação do futuro Sistema de Mobilidade do Mondego. “É fundamental o abate para o prosseguimento das obras, lê-se na missiva dirigida à Câmara.

Embora o plátano não seja uma espécie protegida, a medida obriga a uma aprovação da autarquia que, sem margem de manobra, acabou por deliberar unanimemente o abate das árvores, algumas de grande porte. Fernando Carvalho leu o documento aos vereadores e no final deixou escapar que neste contexto a autarquia pouco ou nada pode fazer, para não travar as obras. Por seu lado, o vereador da Floresta, Ricardo Fernandes, sugeriu que no final das obras possa ser plantada uma outra espécie de árvore no local.

Ainda de acordo com a mesma carta, a sociedade responsável pelo projeto só agora detetou que as árvores dificultam o alargamento do canal do metro, impedindo assim a continuidade das obras naquele traçado.

Recorde-se que, em Coimbra, um grupo de cidadãos interpôs uma providência cautelar para impedir

o abate de plátanos na zona central da avenida Emídio Navarro, onde está prevista a passagem do traçado do Metro Mondego. Embora, neste caso, o abate das árvores tenha sido iniciativa da Câmara de Coimbra, alegando que as mesmas estavam a ser atacadas por um fungo."


Ao leitor Carlos Sêco agradeço o envio desta notícia e apelo a que insista, junto da CML, na busca de respostas às dúvidas levantadas por esta intenção que, pela informação disponível, me parece estar longe de estar totalmente esclarecida.


sexta-feira, setembro 03, 2010

A árvore mais alta da Europa?

Fonte da imagem: Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)

Estive apenas uma vez na Mata Nacional de Vale de Canas, em Coimbra. Foi na Primavera de 2001, com a companhia do Miguel Rodrigues e, numa altura em que os telemóveis ainda não tiravam fotos e as máquinas digitais ainda eram olhadas de soslaio, não nos pareceu um grande pecado visitá-la sem levar uma convencional máquina fotográfica. Se os remorsos matassem...

A ideia que retenho de Vale de Canas é a de uma catedral povoada por dezenas de eucaliptos colossais, um mundo subtropical e luxuriante, de onde, a qualquer momento, poderia surgir o ser mais inesperado.

Porém, o ser mais invulgar que encontrámos, no fundo do vale, não foi um réptil insólito ou alguma espécie de ave exótica, mas o maior eucalipto da Europa, um magnífico exemplar da espécie Eucalyptus diversicolor F. Muell., com 72 metros de altura (Nota: esta medição data de 2002). Este magnífico eucalipto é não apenas o mais alto do seu género na Europa, mas, muito provavelmente, a árvore mais alta do Velho Continente, tal como referido por Ernesto Goes no "Árvores Monumentais de Portugal".

No entanto, no ano de 2005, a mata foi um dos espaços consumidos pelo grande incêndio que afectou a zona de Coimbra. Durante algum tempo, logo após o incêndio, temi que esta árvore tivesse sido consumida pelas chamas.

Apesar do meu temor, este eucalipto colossal sobreviveu, tal como se pode constatar na fotografia que reproduzo acima, a qual constava da antiga página da Autoridade Florestal Nacional, agora Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Nela é bem visível não apenas as extraordinárias dimensões deste eucalipto (atenta-se na pessoa situada na base da árvore), mas também o perto que as chamas estiveram do mesmo.

Resta-me a esperança de, em breve, poder visitar novamente a Mata de Vale de Canas e poder tirar as fotografias que não pude tirar em 2001, ainda que a paisagem da mata tenha mudado radicalmente.


P.S. - Igualmente extraordinária é uma araucária (Araucaria bidwillii Hook. f.) situada à beira deste eucalipto e que, como este, está classificada como árvore de interesse público desde 2002.


(NOTA: Texto editado em Agosto de 2013.)

terça-feira, agosto 31, 2010

Um sonho de alameda



Um vídeo da Teresa Domingues, retirado da página no Facebook da Árvores de Portugal. Pessoas e árvores convivendo à sombra destas. Por momentos, julgamos estar num país onde a relação das pessoas com as árvores é saudável.

Já vai sendo tempo dos portugueses se (re)conciliarem com as suas árvores...



P.S. - A alameda de plátanos de Ponte de Lima na Sombra Verde:

- Inscrições para o 5º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima;
- Final de tarde com chuva;
- Cuidadores de árvores;
- Nem todos os plátanos se abatem.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Árvores de produção

Pollard Birches (Vincent van Gogh)

Como escrevi na resposta a um comentário, de um texto anterior, muitas árvores são mal podadas, porque as empresas que executam esses trabalhos não possuem técnicos qualificados para tal tarefa. O que, por sua vez, deriva do facto das autarquias atribuírem essas empreitadas às empresas que apresentam o orçamento mais baixo, mesmo que se trate de empresas que nada têm a ver com árvores e espaços verdes, em detrimento dos verdadeiros profissionais do sector.

Mas esse nem seria o verdadeiro problema, se os cidadãos, posteriormente, se revoltassem com a forma como as árvores das suas cidades são podadas. No entanto, por ignorância, a maioria das pessoas, apesar de gostarem de árvores, acham estas podas normais e até essenciais para a sobrevivência e vigor das mesmas.

Este facto, no meu entendimento, tem uma explicação muito simples, que tem a ver com a cultura europeia, nomeadamente na dimensão do nosso relacionamento com o mundo rural. Na nossa cultura, as árvores são vistas, quase que exclusivamente, há centenas e centenas de anos, como elementos produtivos. Ou seja, a árvore na cidade é vista como se fosse uma extensão da árvore no campo, onde esta necessita de ser podada para fornecer aquilo que o ser humano precisa, quer seja um determinado fruto, quer seja madeira, por exemplo.

Este conceito de árvore de produção (ou "pollard" em terminologia inglesa) está muito bem representado neste quadro de Van Gogh, que representa o aspecto típico de uma árvore num campo agrícola europeu.

O verdadeiro problema é que as árvores nas cidades têm outra função e não necessitam desse tipo de podas: Porque é que, simplesmente, não as abatem? (texto do blogue da Árvores de Portugal.)


quinta-feira, agosto 19, 2010

Como funciona a política em Portugal

Há um par de anos que a Câmara Municipal da Covilhã (CMC) cobiça um terreno com mais de 3 milhares de sobreiros, situado em Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN).

A cobiça é tanta que, segundo uma notícia de um jornal local, publicada a 13 de Outubro de 2008, e nunca desmentida, a CMC chegou a pedir, aos serviços regionais da Autoridade Florestal Nacional, autorização para cortar os mencionados sobreiros.
Sim, é isso mesmo que o leitor acabou de ler, a CMC pediu autorização para cortar sobreiros que estavam num terreno que não lhe pertencia e que, na actualidade, continua a não pertencer, tanto quanto é do conhecimento público.

E qual é o motivo que leva a CMC a ambicionar a posse destes terrenos? A justificação da CMC tem oscilado entre a necessidade de ampliar a Zona Industrial do Tortosendo e a necessidade de encontrar um terreno para a instalação de um projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN).

Deste PIN, curiosamente, nunca mais ninguém ouvir falar e quanto à ampliação da referida zona industrial, convém relembrar estes dois "pequenos" pormenores:

- Em primeiro lugar, na actualidade, a própria CMC reconhece que 25% da área da referida zona industrial ainda está livre, não adiantando nenhum caso concreto de intenções reais de investimento que justifiquem a necessidade de ocupar esse espaço vago, quanto mais ocupar espaço suplementar.
- Eu concordo que uma autarquia deva ser previdente, sabendo antever o futuro, e acautelando a expansão física de uma área industrial. É por isso mesmo que volto a questionar a CMC, tal como há dois anos, nos seguintes moldes:
qual o motivo pelo qual não se utilizam os terrenos que o actual Plano Director Municipal (PDM) do Concelho da Covilhã já define como de “uso industrial”, precavendo, precisamente, uma possível ampliação da zona industrial do Tortosendo?


Entretanto, passaram dois anos e, tal como referi anteriormente, nunca mais ninguém ouviu falar do tal "misterioso" PIN, nem de nenhuma empresa que tivesse deixado de investir na Covilhã por falta de terreno.
Mas a CMC não dorme e, nos bastidores, junto da Administração Central, continuou a tentar obter a autorização para, suponho que através de uma expropriação, se apoderar do cobiçado terreno.

Eis quando, através do jornal Urbi et Orbi, sou confrontado com a notícia que a Administração Central travou esta intenção da CMC. Porém, se lermos atentamente as entrelinhas desta notícia, perceberemos bem que a CMC está a um passo de conseguir, com o beneplácito do governo, o que há muito ambiciona:

- Diz a referida notícia que, na última assembleia municipal, o Presidente da CMC citou uma conversa telefónica tida com a Secretária de Estado do Ordenamento do Território, nos seguintes moldes: "
(...) havia por ali uns sobreiros e mais umas coisas, que por ela até aprovava aquilo, mas não pode ser”.

Isto é, a Senhora Secretária de Estado do Ordenamento do Território, sublinho do Ordenamento do Território, acha uma ninharia e uma maçada um terreno pertencer à RAN e à REN e ter para "ali uns sobreiros". Que, por sinal, são 3 milhares!

Será que a Senhora Secretária de Estado, sublinho, novamente, do Ordenamento do Território, questionou a CMC sobre a existência de alternativas para ampliar a referida zona industrial, nomeadamente sobre os terrenos que o PDM da Covilhã já define para esse mesmo efeito?

- Mas a cereja em cima do bolo está no início da dita notícia, no qual, e segundo o Presidente da CMC, a Senhora Secretária de Estado terá dito: "(...) para esperar mais um ano para que o plano de pormenor daquela zona retire a área de reserva ecológica e o parque possa ter a terceira fase".
Dito por outras palavras, este chumbo é transitório e apenas serve para o governo passar uma ideia de rigor e de empenho no cumprimento da lei. Entretanto, arranja-se um compasso de espera para contornar "os sobreiros e mais umas coisas" e a CMC consegue o que quer.

Deve ser isto que os políticos profissionais chamam de "realpolitik"!


terça-feira, agosto 17, 2010

Sobre a imbecilidade humana



Petrópolis (Brasil). Mas podia ser em muitas outras cidades, não apenas da América Latina, mas também da, supostamente evoluída, Velha Europa.

Adenda: mais informações sobre este caso de Petrópolis.

domingo, agosto 15, 2010

Simplesmente não tem preço

Rua Gonçalo de Carvalho, no sentido Ramiro Barcellos - Santo António. Porto Alegre, Brasil.

TÚNEL VERDE - O prazer de morar na Gonçalo de Carvalho
(Texto enviado por Paulo Renato Rodrigues)

Os relatos da Wikipédia dizem que o frei Gonçalo de Carvalho foi um religioso português da ordem dos dominicanos, no século 15, que se destacou por sua ação na Índia, onde criou comunidades católicas. É ele que dá nome a uma das ruas mais charmosas de Porto Alegre, considerada ‘a rua cartão postal’.

Outro português, o professor Pedro Nuno Teixeira Santos, de Covilhã, Serra da Estrela, escreveu emocionado em seu blog A Sombra Verde: ‘É a rua mais bonita do mundo! Confesso que quase me vieram as lágrimas aos olhos quando ontem descobri essa rua’. Já o porto-alegrense Jader Martins perguntou: ‘Será que existe no mundo algo semelhante e mais bonito que esse espetáculo de túnel?’.

Considerada por decreto municipal patrimônio histórico, cultural, ecológico e ambiental de Porto Alegre, a rua Gonçalo chama a atenção pela beleza do seu túnel verde, de árvores da espécie tipuana-tipu. A vista de cima é arrebatadora. A preservação tem sido uma preocupação tão grande que há um blog (http://goncalodecarvalho.blogspot.com/) que, surpreendentemente, não é dos moradores, mas dos amigos da Gonçalo de Carvalho, cujo líder chama-se Cesar Cardia, um histórico batalhador das causas da cidade.

Como morador há quase 15 anos, sinto-me agradecido a todos que lutaram ao longo do tempo pela preservação desse verdadeiro patrimônio. Alguns desses incansáveis defensores da rua, inclusive, já não estão mais por aqui. Sem dúvida, é um prazer poder andar pelas belas calçadas dessas três quadras, sob a frondosa sombra das árvores, admirar a paisagem e poder ouvir o canto dos pássaros.

Claro que nem tudo são flores (...)De qualquer forma, morar na Gonçalo é como aquela propaganda de cartão de crédito diz: ‘simplesmente não tem preço!’

(Do jornal brasileiro Zero Hora, gentilmente enviado pelos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho. Muito obrigado!)

quinta-feira, agosto 12, 2010

quinta-feira, agosto 05, 2010

Passado e presente (II)

(Imagem do blogue Covilhã Cidade Neve)




(Imagem do blogue Covilhã Cidade Neve)




Ulmeiros [Ulmus gla­bra Huds. (cul­ti­var Cam­per­dow­nii)] . Largo de S. Silvestre (Covilhã).

sexta-feira, julho 30, 2010

quarta-feira, julho 28, 2010

Dias de canícula

Imagem do blogue Covilhã Cidade Neve


Se pesquisarem imagens antigas das vossas cidades, encontrarão vários exemplos de árvores roladas, numa demonstração de que a forma como encaramos o papel das árvores nas nossas urbes é um problema cultural com raízes longínquas, ainda longe de estar resolvido.

A imagem destas dezenas de pessoas, abrigadas do sol tórrido por guarda-sóis, com um fundo de árvores decepadas, demonstra bem a irracionalidade destas práticas com que torturamos quem nos deveria proteger, com a sua sombra, do calor angustiante.

sexta-feira, julho 23, 2010

Árvores de Portugal no Facebook

Fotografia de José Rui Fernandes

Apesar das nossas reservas perante o mundo das redes sociais, reconhecemos a importância que o Facebook tem nos dias de hoje e, sobretudo, na ajuda que este pode prestar na publicitação das actividades da Árvores de Portugal.

Assim sendo, para estarem actualizados quanto às nossas actividades e publicações no blogue, consultem a nossa página no Facebook.



Adenda: A Árvores de Portugal está também no Twitter e no Flickr, no qual pode partilhar as suas melhores fotografias das árvores do nosso país.

domingo, junho 20, 2010

Reedição




José Saramago gostava de dizer que um dos homens mais sábios que conhecera tinha sido o seu avô, pastor e contador de histórias, que, apercebendo-se da chegada da sua hora, se abraçou a todas as árvores com que tinha convivido ao longo da vida.

Não sei se José Saramago teve tempo para se despedir das suas árvores, antes de morrer. Mas sei que todos os que amamos as árvores gostaríamos de ter tempo para, chegada a hora, fazer essa despedida.

domingo, junho 06, 2010

segunda-feira, maio 31, 2010

A botânica feita arte



O Real Jardín Botánico de Madrid disponibiliza, na sua página, mais de 7 000 ilustrações elaboradas durante a Real Expedición Botánica del Nuevo Reino de Granada (1783-1816) liderada por José Celestino Mutis (Cádis, 1772 - Bogotá, 1808) .

sexta-feira, maio 28, 2010

sexta-feira, maio 21, 2010

O que é uma oliveira?



¿Qué es un olivo?
Un olivo
es un viejo, viejo, viejo
y es un niño
con una rama en la frente
y colgado en la cintura
un saquito todo lleno
de aceitunas.

Rafael Alberti

P.S. - Provavelmente, a oliveira mais grossa a Norte do Douro. No blogue da Árvores de Portugal.

sexta-feira, maio 14, 2010

A sensualidade não tem idade



A oliveira de Pedras d'El Rei está de novo na ribalta, graças a um excelente artigo do "Público".




Porque, também entre as árvores, a beleza não tem idade... Esta candidata a decana das nossas árvores exala personalidade e sensualidade por cada poro.



Apenas a falta de bondade humana, a poderá privar do próximo milénio. Num país onde tudo parece estar errado, orgulhem-se desta árvore. Por ser velha, por ser bonita, por ser um monumento vivo e por ter sobrevivido a um empreendimento turístico.

É nossa e é linda!

quarta-feira, maio 12, 2010

Contra a infâmia à solta nas ruas de Sintra



A pro­pó­sito do que se tem pas­sado em Sin­tra, no cor­rente ano, no que con­cerne à poda de árvo­res orna­men­tais, a Asso­ci­a­ção Árvo­res de Por­tu­gal e a Quer­cus — Asso­ci­a­ção Naci­o­nal de Con­ser­va­ção da Natu­reza, deci­di­ram emi­tir um comunicado que pode ser lido no blogue da Árvores de Portugal ou na página oficial da Quercus.