quinta-feira, março 27, 2008

Retratos do Portugal que odeia as árvores (XI)







Apresento mais um conjunto de fotografias, tiradas por mim aquando de uma recente passagem pela Lousã, e que relatam mais um caso de difícil explicação. As vítimas? As do costume...Os plátanos!

Decidi questionar via e-mail a autarquia local e aguardo uma "explicação técnica" para este conjunto deplorável de cotos que aqui se pode observar. Dessa resposta, ou da sua ausência, darei conta nos próximos dias.

No fundo, espero receber da autarquia da Lousã uma fundamentação técnica tão detalhada como a que presidiu à decisão de cortar um conjunto de choupos no Parque Municipal da Mêda.

É isso que pretendo fazer, ou seja, não é condenar ninguém a priori mas antes pedir a devida justificação. Aguardemos...

Adenda: referência à resposta da Câmara Municipal da Lousã neste texto.



P.S. - Mais notícias tristes sobre árvores:

- Árvores mutiladas num recinto escolar na zona do Porto (via Malcata.net).

- Estranhas esculturas arbóreas nas ruas de Campo Maior (via Gambozino).

- Duas árvores centenárias da freguesia de Avelãs de Caminho (Anadia) vão ser abatidas e substituídas por outras. Mais uma vez, e tal como no caso da Mêda, suponho que esta decisão política assente num relatório técnico.

- Choupo de grande porte atrai invulgar bando de pássaros (via jornal A Guarda). Ficção de 1963 de Alfred Hitchcock tornada realidade nesta cidade da Beira Interior? Pessoalmente, preocupa-me muito mais o dia em que os pássaros desaparecerem...

- Abate ilegal de azinheiras no Alentejo - via Ecosfera. Como seria de prever grande parte do debate acerca deste caso centrou-se na nacionalidade espanhola de quem executou este abate. Considero isso perfeitamente irrelevante excepto pelo facto de que, se estivessem na sua Espanha natal, provavelmente não teriam tido a coragem para abater tantas azinheiras. Mas como estamos em Portugal onde a impunidade é um modo de vida!
Interessa-me muito mais o debate sobre quais as vantagens/desvantagens para o futuro do nosso mundo rural desta aposta no olival intensivo e o real impacto desta cultura nos solos e nos recursos hídricos.
Mas por cá só nos interessa o "folclore", ou seja, se as azinheiras tivessem sido abatidas por portugueses se calhar nem teria havido notícia.


1 comentário:

a d´almeida nunes disse...

r mais moderação que se queira usar não encontro outra forma de tratar este caso.
ACTO DE PURO VANDALISMO!
António