segunda-feira, abril 30, 2007

A medo...


Apesar de virada a sul, desfrutando de um microclima benigno, abrigada que está dos ventos que descem a encosta da Estrela, a tangerineira (Citrus sp.) que tenho na varanda só a medo começa agora a mostrar sinais de querer florir (pequena ilusão de aromas de um Algarve distante).

Fácil de entender

Este conjunto de tílias situa-se na Rua Mateus Fernandes e no início da Calçada das Poldras, ambas na Covilhã.

Foram plantadas há cerca de 20 anos; porém, como se pode observar pelas fotografias, tiveram sortes diferentes. A maioria sofreu uma intervenção escultórica de gosto duvidoso e uma minoria tem escapado a este tratamento.

Penso que é fácil identificar as que foram abençoadas (pelo menos até agora) com a sorte de serem invisíveis aos olhos de quem mutilou as restantes (pobres cepos disformes).

É fácil verificar, pelas imagens, o bem que estas "podas" fazem às árvores. Mas como o Verão por aqui até nem é muito quente, não vejo nenhuma utilidade à sombra das árvores!







domingo, abril 29, 2007

Boas intenções I e II

Reparemos com atenção na imagem que se segue...


Trata-se de um dos mais belos panoramas que a Estrela nos pode oferecer, tantas vezes retratado em postais. Em primeiro plano a Nave de Santo António, ao centro temos o Poio do Judeu (enorme bloco errático com um volume calculado de 150 metros cúbicos) e, no limite superior direito, o Cântaro Gordo.

No entanto, há algo de errado nesta fotografia; mais perceptível se a ampliarem...são as manchas azuis em primeiro plano por entre o arroxeado das urzes.



O blogue O Cântaro Zangado resumiu, e bem, esta situação, designando-a de lixo bem intencionado (ver aqui).

Qual a origem destas redes e suportes metálicos? Estes desperdícios resultam de uma das acções do Projecto Life "Serra da Estrela", levado a cabo pela Associação de Produtores Florestais do Paul (APFP).

Vejamos, nas palavras da própria Associação, qual era o objectivo desta acção: " Reactivação das canadas - Canada é o termo utilizado tradicionalmente na região para designar zonas de passagem, muito utilizadas pelas populações, sobretudo pelos pastores com os seus rebanhos que se deslocam em busca de pastos (...) A reactivação das canadas foi feita através da limpeza de matos com motorroçadoras, numa faixa envolvente de aproximadamente 20 m. Ao longo das bermas das canadas reabertas foram plantados ao covacho, 5700 carvalhos pardos da beira (Quercus pyrenaica) de raiz nua e em torrão (...) Os carvalhos plantados foram conduzidos com 2 tutores metálicos e protegidas com protectores individuais de rede verde com 80 cm de altura, de modo a resistirem aos ventos fortes, à neve e às investidas do gado."


Como o Cântaro Zangado já tinha feito notar, na sua maioria os carvalhos não sobreviveram e o que resta, os suportes metálicos e as respectivas redes, resume-se a lixo bem intencionado espalhado por várias zonas da Serra.

Evidentemente que este facto não retira mérito à iniciativa da APFP e, já que não fora por outros motivos, esta acção serviu pelo menos para retirar ilações quanto à melhor forma de proceder a uma reflorestação eficaz a esta altitude na Serra da Estrela.

No entanto, exige-se à APFP que não se limite a retirar essas conclusões e que proceda, no mais curto espaço de tempo, à recolha das redes e suportes metálicos...não apenas pelo ambiente mas também pela própria imagem da APFP perante a opinião pública.

P.S. - E, por falar em boas intenções, não pude deixar de ficar abismado com o que li no Notícias da Covilhã desta semana. Na página 4 do referido semanário, podemos ler que os municípios cujo território pertence ao Parque Natural da Serra da Estrela (Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia), decidiram encomendar a uma equipa da Escola de Gestão do Porto, um estudo que "arranje argumentos que possam vir a canalizar mais investimentos para a nossa zona" e que "faça um conjunto de propostas de dinamização do território de montanha neste conjunto de municípios".

Dito assim tudo parece fazer sentido, combatendo-se a tradicionalmente portuguesa falta de planeamento...mas, corrijam-me se estiver enganado, não foram estes mesmos municípios que ainda há bem pouco tempo e, para tentar contrariar a falta de uma visão estratégica conjunta sobre o sector do turismo na Serra, tinham encomendado um estudo (Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado do Turismo na Serra da Estrela), à Universidade da Beira Interior?

O qual nem sequer chegou a ser arquivado no fundo da gaveta, pois como provavelmente não referia o que algumas câmaras municipais ambicionavam, estas ignoraram a própria apresentação pública do documento (documento, sublinho, mandado executar a seu pedido)?

E se este novo estudo não vier defender as estâncias de esqui, os teleféricos, as estradas verdes, os casinos, manda-se fazer outro?

sábado, abril 28, 2007

O estado da nação

Faço hoje mais uma actualização fotográfica do meu infantário de árvores...entretanto, descobri mais quem partilhe do mesmo gosto em ver nascer árvores e da mesma angústia em vê-las partir...


Carvalho-alvarinho (Quercus robur L.)


Freixos (Fraxinus angustifolia Vahl)



Pinheiros-mansos (Pinus pinea L.)


Sobreiros (Quercus suber L.)



Azevinho (Ilex aquifolium L.)

A casa



Ao acordar... Um céu de chumbo, chuva, granizo e um termómetro que insiste em não passar a barreira dos 10ºC. Um vento frio e um cheiro a maias que a memória não esqueceu.

quinta-feira, abril 26, 2007

O Sítio do Pinheiro



Mais uma sugestão do Manuel Ramos em cheio! O Manel já anteriormente me tinha dado a dica para este sobreiro e agora deu-me a localização deste magnífico pinheiro-manso (Pinus pinea L.), situado na estrada de Portimão para o Alvor (num local apropriadamente chamado de Sítio do Pinheiro).


É um exemplar magnífico, particularmente em termos do perímetro da copa. No entanto, se leram este texto sobre o sobreiro dos Canhestros, saberão até onde chega o meu grau de amadorismo.
Sair de casa propositadamente para "caçar árvores" e esquecer-me dos instrumentos de medição!


Há no entanto um pormenor que ainda não consegui esclarecer relativamente a este pinheiro. Trata-se de saber se este exemplar será o pinheiro-manso classificado que vem referido na página da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, como estando situado na zona de Marachique.
Confesso que não sou um grande conhecedor de Portimão, mas fiz uma pequena pesquisa e a zona de Marachique fica nas redondezas do local onde fotografámos este pinheiro. Dito por outras palavras, seria excepcional existirem dois exemplares notáveis tão próximos um do outro.

Por outro lado, nada no local indica que este pinheiro esteja classificado. O que também não é um indicador fiável pois raramente uma árvore classificada ostenta uma placa que a identifique como tal.

É um "enigma" para desvendar brevemente...



Para breve, fica prometido um regresso ao local para o medir. Promessa a tentar cumprir no próximo fim-de-semana.


Adenda: Este exemplar é efectivamente o pinheiro-manso de Marachique, Alvor, classificado em 1996.


quarta-feira, abril 25, 2007

Um cheiro que se não estranha...

Laranjais à beira do rio Arade - Silves

Heróicas as flores das laranjeiras
Que com um vento morrem
Em nome do fruto
(...)

Paulo Bernardino Ribeiro


O perfume libertado pela flor da laranjeira é cheiro que fica gravado no mais fundo da nossa memória.

Ao entrarmos no Algarve pela A2, o aroma libertado pelos imensos pomares de laranjeiras marca uma definida (mas invisível) fronteira entre a serra e o barrocal...

Por todo o lado este perfume que nos seduz e marca de forma indelével estas terras meridionais...


Laranjeira [Citrus sinensis (L.) Osbeck]

Por outro lado, o hábito de plantar laranjeiras (Citrus sp.) como árvores ornamentais, quase que não ultrapassa o Tejo. Com algumas excepções bem a Norte, como em Braga, na Praça Mouzinho de Albuquerque (conhecida localmente como Campo Novo).

Recordo também os pomares de laranjeiras das margens do Mondego, em Coimbra, os quais desconheço se sobreviveram ao crescimento da cidade.

Árvores da Beira Interior


Tília (Tilia tomentosa Moench), classificada desde 11/11/1992 - Trancoso

O Diário XXI, na sua edição de hoje, traz uma notícia sobre as árvores classificadas de interesse público existentes na Beira Interior.

Recordo que é possível, através da página da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, localizar por distrito (e a partir daí por concelho), a lista de espécimes classificados a nível nacional.

Na Covilhã, existe apenas um exemplar classificado, mais concretamente um teixo (Taxus baccata L.), localizado na Quinta de S. João (freguesia do Teixoso).

Entretanto, tenho conhecimento que a malta do blogue Sobral de S. Miguel decidiu propor à Direcção-Geral dos Recursos Florestais, a classificação de alguns sobreiros existentes nessa bela aldeia do extremo sudoeste do concelho da Covilhã. Ficamos a aguardar boas notícias...

terça-feira, abril 24, 2007

A liberdade

Carvalho de Calvos (Quercus robur L.) - Calvos (Póvoa de Lanhoso)

Liberdade é das palavras mais bonitas no nosso e em qualquer idioma; gozem bem o seu dia à sombra de quem vive sem estar privado dela...

Lixo, lixo e mais "porcaria"

Duas denúncias de lixo na área do Parque Natural da Serra da Estrela:

- a primeira via O Cântaro Zangado, relata duas situações de desperdícios abandonados nas proximidades do Alto dos Livros (como se pode ver pelo mapa retirado do referido blogue).


imagem do blogue "O Cântaro Zangado"

- a segunda chega-nos via o blogue Montanha e relata-nos mais uma situação de desperdícios abandonados, neste caso na estrada florestal que liga Vila do Carvalho ao Alto de S.Gião.

imagem do blogue "Montanha"


Note-se que em ambas as situações são referidas as coordenadas exactas de mais estas lixeiras, as quais nos deveriam envergonhar como povo da dita Europa civilizada!


Por último, a "porcaria"...mais uma que nos chega via o Ondas 3, que nos dá conta de mais uma situação de abate/poda de árvores (denunciada originalmente pelo blogue Entre Tejo e Odiana, de onde retirei a foto que se segue...mais palavras para quê, são árvores à portuguesa...com certeza!!)




segunda-feira, abril 23, 2007

O sobreiro dos Canhestros


Fomos ontem passear para os Canhestros (lugar do concelho de Silves) onde fomos propositadamente para fotografar um sobreiro (Quercus suber L.), classificado desde 12 de Outubro de 2001.

Este sobreiro, com aproximadamente 200 anos, é sobretudo notável pelas dimensões do perímetro do tronco.

No entanto, teremos que lá voltar para o medir...



É que, como o nosso grau de profissionalismo no que toca a "caçar árvores" ainda precisa de um certo aperfeiçoamento, acabámos por nos esquecer em casa dos indispensáveis instrumentos de medição!!...

Não demos a viagem por perdida e ficam, pelo menos, as fotografias.

sábado, abril 21, 2007

Simplesmente Silves


Estes dois plátanos (Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton) situados à beira do Rio Arade, junto à Ponte Velha de Silves, não são particularmente monumentais, mas na plenitude da sua copa ainda não corrompida são o exemplo de como as árvores ajudam a definir uma paisagem.




A Silves

ó Dona dos Corações, em ti, talvez,
esteja a causa do tormento do cantor,
diz adeus a quem te quer, inda uma vez,
e que, sem ti, por nada sente amor.
quanto te sinto longe na lembrança
choro por ti, Silves, qual criança.


Ibn Habîb (poeta que viveu na Silves almorávida)

sexta-feira, abril 20, 2007

Será ironia ou sarcasmo?

O Diário XXI de hoje trazia a seguinte notícia que, por motivos óbvios, me chamou a atenção:

Moto-serras produzem esculturas ao vivo

"A organização da feira Casa Jardim, na Covilhã, vai apresentar durante o fim-de-semana um espectáculo inédito de esculturas com moto-serras. A actividade está inserida no programa da feira anual (...).
“Para além da área de exposição totalmente preenchida, durante o fim-de-semana haverá demonstrações de arte e perícia”, refere Carla Antunes, da organização. “Vamos ter grandes troncos de madeira, que vão ser esculpidos ao vivo por pessoas que trabalham apenas com moto-serras”, descreve(...)
É um tipo de demonstrações que começam a ser habituais neste tipo de feiras. São promovidas pelas marcas de ferramentas e há até campeonatos”, refere. No caso, “foi através de um dos representantes de moto-serras presente na feira que trouxemos o espectáculo”. Durante a exibição, uma ou duas pessoas especialistas na utilização de moto-serras, actuam num espaço vedado “com todas as condições de segurança”".

Li esta história das esculturas com moto-serras e pensei logo nas instalações artísticas que podemos encontrar um pouco por toda a cidade da Covilhã.

Será que a organização da "Casa Jardim" não poderia criar um prémio para estas macabras obras do engenho humano?

Foi-me difícil escolher, mas lá me decidi por três "obras" que deixo à consideração da organização do evento...Nota: a escolha dos nomes é da minha inteira responsabilidade!

O bicho-cornudo


O cabide de rua


O estilo unicórnio

De outros blogues

- No blogue Mons Cicus descobri novas fotografias de algumas das árvores classificadas do concelho de Monchique, nomeadamente do plátano do Barranco dos Pisões.

De igual modo, foi bom descobrir através deste blogue, que o magnífico sobreiro (classificado em 2002 como árvore de interesse público) situado nas proximidades do Barranco dos Pisões e que tinha ardido em 2003 está a recuperar e apresenta vários rebentamentos, apresentando um aspecto bem mais promissor relativamente ao que se podia observar nesta imagem (datada de Agosto de 2004) do Dias com Árvores.

- Da Quinta do Sargaçal chega-nos uma sugestão de visita para todos os autarcas portugueses, que eu subscrevo inteiramente: Urban Forest Ecosystems Institute...de facto, se fosse feita uma criteriosa escolha da árvore a plantar em função do local a que se destina (bem como do número de exemplares a plantar), muitas das mutilações a que assistimos nas cidades portuguesas se evitariam.



- Do Cântaro Zangado vem a informação acerca da realização este fim-de-semana, nas instalações do Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) em Seia, das VIII Jornadas sobre Conservação da Natureza (uma organização do FAPAS).

P. S. - A propósito do CISE volto a lamentar a inexistência de uma estrutura similar (complementar e não concorrencial!) que pudesse dar a conhecer aos covilhanenses as maravilhas da Estrela...só se ama o que se conhece!

Possa o Jardim Botânico com espécies autóctones da Serra da Estrela prometido para o Parque Alexandre Aibéo, ser o início do reatar dessa paixão perdida entre os covilhanenses e a sua Serra...


quarta-feira, abril 18, 2007

A propósito de plátanos




A propósito de plátanos e dos tratamentos de choque que sofrem no espaço urbano, partilho hoje estas imagens, que considero serem particularmente elucidativas da forma negligente como se gere o património arbóreo no nosso país.




As árvores são todos da mesma espécie (Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton. ), foram plantadas na mesma rua em Albufeira, sendo da mesma idade.

De onde resulta então a enorme diferença existente entre elas e perfeitamente visível nestas fotografias? É bem simples...os plátanos visíveis na primeira fotografia tiveram a sorte de escapar à poda incompetente que vitimou os dois exemplares restantes.




Resultado: no primeiro caso, temos um conjunto de árvores que cumpre a sua função, não apenas no plano estético, mas também na sua função de dar sombra (amenizando as temperaturas nos edifícios circundantes), etc.

No segundo caso, temos dois cepos sem qualquer valor estético e praticamente incapazes de cumprir qualquer função inerente a uma árvore.
Por aqui se observa o bem que estes "tratamentos de limpeza" fazem às árvores!

P.S. - O blogue Ondas 3 traz hoje uma notícia, segundo a qual a Câmara Municipal de Lisboa pretende abater 97 plátanos nos Jardins do Campo Pequeno.


Não vou aqui discutir os motivos que possam estar por detrás deste tipo de decisões. Situações há em que as árvores têm que forçosamente ser substituídas por outras (porque estão irremediavelmente doentes, porque não se planeou convenientemente o local onde foram plantadas e começaram a interferir com os edifícios circundantes, etc.). Mas apenas este tipo de motivos pode, de alguma forma, justificar este tipo de acções; e estes motivos têm que ser devidamente explicados às populações...


Por mim, no país onde estamos, duvido sempre da bondade deste tipo de acções, que é como quem diz, não acredito que existam ali 97 plátanos doentes ou 97 plátanos que colidam e interfiram com outras estruturas urbanas.

terça-feira, abril 17, 2007

Novas de Amesterdão


O meu colega Manuel Ramos, de férias pela Bélgica e Holanda, lembrou-se da Sombra e tirou esta fotografia em Amesterdão.

O Manel tinha a esperança que identificasse estes belos exemplares pela fotografia; vou tentar não o desiludir e fazer o meu "diagnóstico"... ampliando a fotografia é possível observar os frutos e certos pormenores do tronco, o que me leva a dizer que se trata de dois plátanos (Platanus sp.); se neste diagnóstico deposito alguma confiança, já não me atrevo a identificar até à espécie!

Existem duas espécies de plátanos: o plátano-europeu (Platanus orientalis L.), originário da Península Balcânica e zonas adjacentes da Ásia e o plátano-americano (Platanus occidentalis L.), originário do Leste da América do Norte.

O plátano mais plantado em Portugal e em boa parte da Europa (nomeadamente em Londres onde é conhecido apropriadamente como London plane) é uma variedade do plátano-europeu, designada por Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton.

No entanto, esta designação ainda não é muito "pacífica" entre os botânicos, existindo ainda quem defenda que este plátano é um cruzamento entre os plátanos europeu e americano, sendo por este motivo que em muitas obras aparece referenciado como Platanus x hispanica Mill. ex Muenchh.
Entre os autores que defendem esta hipótese alguns apontam a origem do mesmo nos jardins do botânico John Tradescant, enquanto que outros autores apontam a origem deste pretenso híbrido no Sul da Europa (os nossos vizinhos espanhóis apontam inclusive a sua origem nos Jardins de Aranjuez).

O certo é que na actualidade a designação Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton. parece ser a mais consensual entre os especialistas.

segunda-feira, abril 16, 2007

Notícias do interior algarvio I

Terrina* de Albufeira (*marina feita em terra)

Nem todo o Algarve é assim...ou não me teria, como tanta gente, apaixonado por esta terra...


Praia da Salema (um dia, em todas as falésias, existirá uma casinha com vista para o mar...)


Ainda que todo o litoral pareça ameaçado (muito por causa dos ditos direitos adquiridos, em nome dos quais tudo parece possível, ainda que dentro de um Parque Natural...), ainda subsistem alguns recantos mágicos junto ao mar...

N267 Alferce - S. Marcos da Serra

De igual modo, nem todo o interior foi eucaliptizado e, tendo a sorte de arranjar boleia no veículo certo....



...é possível encontrar recantos (como os ilustrados pelas fotos abaixo captadas no interior do concelho de Loulé), onde ainda se observam resquícios das matas autóctones do Algarve.





E barrancos onde ainda parece possível darmos de caras com um lince-ibérico...


domingo, abril 15, 2007

A Peneda por Miguel Rodrigues



Ando, desde há algum tempo a esta parte, a tentar convencer o meu colega "caçador de árvores", Miguel Rodrigues, a criar o seu próprio blogue.



Pela qualidade das fotografias que tira (como as que aqui publico), mas sobretudo porque penso que esse blogue poderia fazer pelos que apreciam a observação de aves (que é dos seus principais interesses) o que outros blogues fazem pela botânica, por exemplo.


Venham daí os comentários elogiosos a estas fotografias para ver se o rapaz se decide!...

Bom Domingo...

P.S. - Vou partir para mais um safari ao interior algarvio na esperança de encontrar mais árvores dignas de admiração...

sexta-feira, abril 13, 2007

Se não pela Serra, pelo menos pela sua saúde...

...venho relembrar a realização da 1ª Caminhada pelo Ambiente da Serra da Estrela no próximo dia 12 de Maio.



Esta iniciativa, que está aberta a outras formas (não-poluentes) de participação, como o BTT ou o passeio a cavalo, propõe diferentes itinerários que irão convergir numa chegada ao planalto da Torre.




A Sombra Verde estaria presente mas infelizmente a distância geográfica torna certos desejos impossíveis de concretizar...fica o meu total apoio a todos os participantes e o apreço pelo trabalho já desenvolvido por aqueles que devotam um pouco do seu tempo livre à defesa da Serra da Estrela. Obrigado.